
30 mar PMEs terão R$ 40 Bi para pagar salários
Com a ampliação da duração da quarentena do Covid-19 no Brasil e no mundo, e a consequente diminuição do comércio e da atividade econômica, muitos empresários e gestores estão tendo problemas em gerar fluxo de caixa e assim conseguir pagar o salário de seus funcionários. Reagindo a isso, o governo anunciou a abertura de uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas financiarem suas folhas de salários.
O programa demandará R$ 40 bilhões e será custeado em maior parte pelo Tesouro Nacional. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o pacote será destinado exclusivamente a negócios que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. O incentivo deve contemplar 12 milhões de pessoas e 1,4 milhão de firmas.
A linha receberá 85% de recursos do Tesouro Nacional e 15% dos bancos, estes serão os responsáveis pelo repasse dos recursos aos clientes, o fundo que vai sustentar a linha emergencial será administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O projeto visa financiar até dois salários mínimos por empregado, e estes não poderão ser demitidos por dois meses. É importante ressaltar que o financiamento é exclusivo para a folha de pagamento. Os juros estão no mesmo patamar da Selic, cerca de 3,75% ao ano. A empresa que aderir terá 6 meses de carência e 36 meses totais (30 meses após o prazo de 6 meses de carência) para pagar o empréstimo.
O financiamento fica limitado a até dois salários mínimos por trabalhador por mês, ou seja, R$ 2.090. Se o empresário optar pela linha emergencial, terá que complementar o salário de quem ganha acima de dois salários mínimos para o valor correto, se essa for a decisão da empresa.
Santander, Itaú e Bradesco já anunciaram que vão disponibilizar recursos para a linha emergencial. As empresas, no entanto, serão submetidas à análise de crédito das instituições financeiras. Do ponto de vista logístico a empresa fecha o contrato com o banco e informa o CPF do trabalhador. O dinheiro vai direto para o funcionário e o empresário fica só com a dívida.
Até logo,
Equipe Sinapse.
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